domingo, dezembro 30, 2007

Sai!


Algumas pessoas deveriam começar a acender a lamparina. Chato não tem jeito. Ele é, ele É. Paciência, Mariana. Só mais amanhã pro ano acabar.

A foto de Man Ray foi só customização.

sábado, dezembro 15, 2007

Saída de praia

Sol lindo, caloroso, cancerígino
Nos cega por instantes
Enquanto os pés a atravessar os grãozinhos formam a concordância do dia não útil
É, se todas as vezes fossem assim

Esse seu andar na calçada
A calma que não rompe
Ardendo minha pele com sal
De leve no olhar fitando o azul céu

Passeios entre o vento
Os cabelos
A dança dos elementos
Musa música

terça-feira, novembro 06, 2007

Me pediram pra pensar em arrependimento e eu recusei.
Tive muitos, mas não cabe lembrar agora.
Embalei três bolas de serpentina e joguei na grande lona.
Vi tal moça rodando a saia com o espírito ao lado
E chuva de prata no céu.
Não era Lia, era eu.
Quantas cagadas foram feitas
Quanto desgosto sofri
De peito alegre me vi
E meu fio longo, repleto de curvaturas, andei.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Foi pro céu

Brindemos a ele
O radialista simpatia
Que vive no samba trocando olhares
E cantando bonito.

Brindemos a ele
Rapaz de simples beleza
De calças engraçadas
E sorriso amigo.

Terminemos a garrafa a ele
Que aqui nos interrompe na psicologia
E com muita alegria e copo na mão
Cumprimos aqui nossa missão.

Por Laís D. e Mariana
- Seu Pires, RJ 2007.

sábado, agosto 18, 2007

multiColor

Cabelos verde, amarelo, violeta e transparente. Caspas de purpurina. Barbas azul-anil. Uma fotografia que parou no tempo dando a todos boas vindas. Foi bom, muito bom, nublado sem lamúria. Deu em samba, batuque, funk. Depois discotecagem, cerveja, risos, mais cerveja. Uma penca de amigos, acabou a cerveja, lanche. Novatos que somos, mui breve seremos. E no fundo todos são.
Mais 160 pra família.

terça-feira, julho 24, 2007

Conto rápido sobre a pirua

Essa história é real. No meu tempo de jazz (a dança), reduto das mini ladies da zona sul, enquanto esperava o início da minha aula sempre viajava um pouco observando as pessoas em volta. A maioria eram mães e babás que aguardavam o fim da aula infantil pra buscar as filhas. O engraçado é que era tanta mãe dondoca às 5 horas da tarde que eu criava a história de vida de cada uma delas na cabeça. Sempre na moda (na moda não é sinônimo de bem vestida neste relato. No dia em que sapato bico fino imitando couro de jacaré for considerado bonito, eu visto um tênis de cada cor. - sei que tem gente que já faz isso, mas eu nunca faria até então.), com cabelo, unhas e maquiagem em dia, era divertido ver elas procurando o que fazer nesse meio tempo. Pegavam a "Caras" do cabide de revistas e folheavam mega interessadas. Não devem, nem deviam ter trabalho. No máximo donas de loja. Mas eram simpaticíssimas, juro. Não falei isso com o intuito de você pensar "Ahh, mas eu não acredito. Não caio nessa."; não penso e agora não mais julgo alguém por sua aparência ou por, em plenas 5 horas da tarde, estar livre e desocupada. Até que ao final da aula da criançada, via uma das mães abraçando sua filha, arrumando a presilha do cabelo da mesma, e pedindo pra trocar a roupa rápido porque o motorista já tava dando a volta no quarteirão. A filha perguntava se ia poder assistir "Meninas Superpoderosas" depois do jantar e a mãe concordava contanto que antes das 21h ela já estivesse na cama, pois no dia seguinte tinha de acordar cedo pra aula de inglês no 'Dice'. E ela, mãe, vivia como? Aposto que chegava em casa, esperava o maridão pra jantar e conversavam sobre toda burocracia de algum processo que a empresa em que ele trabalha estava sofrendo. Talvez ela já esteja planejando as férias de Julho, o chá com as amigas no final de semana seguinte. E o grande dia? Chegaria? Não consegui imaginar o que seria o grande dia...

=/

segunda-feira, julho 02, 2007

O hematoma cura rápido

O cobertor me aquecendo, não esperava esse frio no Rio de Janeiro, e eu, já meio mal, conversei com a consciência. Primeiro lhe dei forma; ela é uma miniatura minha, às vezes vem em forma de criança, às vezes vejo só seu rosto. Me senti idiota outra vez, recebi o comum esporro de "Mas você não é assim!", insisti em olhar, doeu.
Mil frases de pára-choque de caminhoneiro vieram à cabeça, com teminhas de auto-valorização; no caso, de mim.
Acordei ainda com o resfriado da outra semana e a dor passou. Mas ela vem, volta, concluí coisas pra ela não vir mais. Vocês estão certos, levei um socão na cara.

Parou a via-expressa.

domingo, junho 10, 2007

Mix de poesias

Se perceber, vários dos poemas têm vocabulário semelhante por mais que sejam de diferentes autores. Pode-se dizer que foi algo predominante nos dias em que foram trabalhadas. hahaha


Lebronx Boemia Elite

Sentada em meio a babacas e falsos cantores,
após o quarto chopp e a fumaça que vem como um véu,
reflito e penso a que ponto cheguei.
Um rapaz viciado, outro mal-encarado.
Um de amarelo e outro que só risadas dá.
Um duende de verde e outro com ideologia incerta.
Estarei, mais uma vez, só cumprindo minha meta?
Que se dane, a vida me espera.

(Mariana Solis)


Sem Título

Onde estará
O leve e doce sabor da melatonina?
Me seduz
Me conduz
Me leva
Mas o eterno gosto amargo
Permance na boca.
Diante o véu de pensamento,
Levanto.
Acendo um cigarro.
Mas nada tira o gosto amargo
Enquanto os meus pensamentos e desejos
Entrelaçarem minha razão.

(Carlos Px)



Um Brinde Ao Gal!
Dedicado ao amigo João Galva

Se é entusiasmo o que sente
Isto mostra com vontade
Óóóó!!
Saldemos com razão
Ao maior comilão da entidade
Um brinde ao eterno alvo
Brindemos ao Gal!!


(Mariana Solis)



Poesia Romântica Do Carlos
A obra-prima do rapaz!


Diante um turbilhão de idéias
Algo me puxa
Tão sutil como as mãos
De quem guia a mais bela dama ao salão.
Você me encontra nos meus pensamentos
A
F
U
N
D
A
D
A na minha cama
Vício.
Suas coxas roçam com a minha
Sinto meu corpo dormente
Diante do seu peso
Até o sol queimar meus olhos
Me viro.
Pois já que não posso ter seu corpo
Me embriagarei com tua alma.


(Carlos Px - Observação do autor: "Não escrevo certo, pq sou futurista")



SÉRIE BABACA:


Em C

Meu coração arde

Como uma ferida de cigarro

O chopp acabou

Vou pro meu carro.

(Pedro H. Assy)

Sem Título

O chopp acabou

O cigarro se apagou

Eu estou com sono

Então vamos embora,

Porra!

( J. M. Senise)

Sem Título

O chopp acabou, porém o cigarro não.

Sendo o vício maior, escolhemos o maior;

e o maior é o cigarro!

(Lucas "Douglas" Paiva)

Juliana, Segura Essa Porra

Paredes verdes nos cercam.

Papo vai, papo vem e o grito de

glória ressurge da mesa de trás.

"Você espera que eu morra?

Juliana, segura essa porra!!!"

(Mariana Solis)

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Encantado Dourado

Meu belo serafim sempre em mente

Penso o que o entretem neste instante.

Mal sabe ele que aqui há quem sente

muito mais que a saudade de seu abraço.

É saudade da amizade, da presença.


C'est fini!

domingo, maio 20, 2007

Aos amigos

Incrível capacidade de tornar o vazio do sábado chuvoso em um fim de noite agradável. Grandes, pequenas, bestas, hilárias, nonsenses ações. Que felicidade traz! Que conforto!
Sorte eu tenho.

quarta-feira, maio 02, 2007

Lua Adversa

Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua)

No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

(Cecília Meireles)

quinta-feira, abril 12, 2007

Etra

Ao rever minha trajetória
Alguns rabiscos de cartão
Com cor, sombra e tinta
Não me tornaram artista
Algumas harmonias bem boladas
Com letra, melodia
Também não me tornaram artista
O quê sou?
O que sei é que a atividade criativa não é exclusividade deles
Eu, como amante da arte tenho capacidade
Capacidade de admirar
De querer desvendar e reconhecer
E de tentar criar
Até o impossível
Ela não é pra fazer sentido, é irmã da sabedoria! Da beleza!
É irmã da filosofia!
Mas se ser praticante não me torna artista,
Tornaria de qual forma?
Minha total lucidez sobre o que produzo responde
Me refiro ao bom-senso
Então é isso.
Sou amante da arte!

"Artista é o caralho! É o caralho!"

quarta-feira, abril 04, 2007

Terça-feira minha

A rua, de costume, corre livre a noite.
Não naquele dia.
Cidade estranha
Por algo que acontecia.
Já em movimento, com o vento na cara,
Observei o céu limpo.
Estamos sem chuva há dias.
Sem neblina, sem nuvem no céu.
Aquele azul escuro-marinho
Coberto de pingos brilhantes que chamam alguma atenção.
Era cor incomum.
O sol já se escondia atrás do morro
em "stand-by".
Já era hora de criança estar na cama
E a bossa que escutava dava trilha sonora ao momento.
O pianista faria aniversário.
Luizinho Eça.
Batidas diferentes, solos mirabolantes e vocais mais que ardentes.
Senti saudade de uma época que não vivi.
Não era, então, saudade.
Apenas a vontade de estar naquele ambiente de fotografia, onde a mais pura alegria encantava quem era jovem.
Os barzinhos da cidade, a música por valer, a arte admirada.
Época em que além de discussões inteligentes, fazia-se samba e amor até tarde.
Naquele dia senti a paz. Eu estava bem comigo mesma.

sexta-feira, março 30, 2007

Xô encosto

Ou minhas semanas andam tediantes demais ou uma maré de azar caiu sobre mim.
Só o fim de semana salva? Assim não pode ser...

Nuvem Negra

"Não adianta me ver sorrir, Espelho meu
Meu riso é seu
Eu estou ilhada
Hoje não ligo a TV nem mesmo pra ver o Jô
Não vou sair, se ligarem não estou
À manhã que vem nem bom-dia eu vou dar
Se chegar alguém a me pedir um favor, eu não sei
Tá difícil ser eu sem reclamar de tudo

Passa nuvem negra, larga o dia
E vê se leva o mal que me arrasou
Pra que não faça sofrer mais ninguém
Esse amor que é raro e é preciso
Pra nos levantar, me derrubou
Não sabe parar de crescer e doer...

Passa nuvem negra, larga o dia
E vê se leva o mal que me arrasou
Pra que não faça sofrer mais ninguém
Esse amor que é raro e é preciso
Pra nos levantar, me derrubou
Não sabe parar de crescer e doer..."

quinta-feira, março 01, 2007

Sonho

Escuridão pela janela
Menina pequena deitada na cama
Meio acordada, meio dormindo
Com os olhos entre-abertos
O foco era seu quarto
As estrelas de fora entraram
Como se o universo se formasse ali
Seu espectro agora em frente
Agarrava as mãos de uma energia
Energia essa de imagem paterna
Segurava forte e rodava
Girava em meio as estrelas
Espaço escuro que rodava
Era sonho?
Só sentia que rodava

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Sem brincadeira, isso aconteceu durante semanas.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Canto triste

Porque sempre foste
A primavera em minha vida
Volta para mim
Desponta novamente no meu canto
Eu te amo tanto mais
Te quero tanto mais
Há quanto tempo faz
Partiste

Como a primavera
Que também te viu partir
Sem um adeus sequer
E nada existe mais em minha vida
Como um carinho teu
Como um silêncio teu
Lembro um sorriso teu
Tão triste

Ah, lua sem compaixão
Sempre a vagar no céu
Onde se esconde a minha bem-amada
Onde a minha namorada
Vai, e diz a ela minhas penas
E que eu peço,
Peço apenas
Que ela lembre das nossas horas de poesia
Das noites de paixão
E diz-lhe da saudade em que me viste
Que estou sozinho
Que só existe
Meu canto triste
Na solidão.

(Edu Lobo e Vinicius de Moraes)

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Evitando qualquer relação, esta música apenas me aperta. Beijos

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Quanto riso, oh quanta alegria!

Persiste em forma de dúvida!

Carnaval no Rio de Janeiro, cidade dos tantãs, embalos 24 horas por dia, animação movida a cerveja e força de vontade. Mas por quê a galerinha anda capenga? Será que novos ideais rondam as cabeças e a farra não agrada mais?

Mais de mil palhaços no salão pra mim. Só pra mim, pelo visto.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Filosofia

O mundo me condena
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Se eu vou morrer de sede
Ou se eu vou morrer de fome
Mas a filosofia
Hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim

Não me encomodo que você me diga que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo

Quanto a você da aristocracia que tem dinheiro, mas não compra a alegria
Há de viver eternamente sendo escravo dessa gente que cultiva hipocrisia.


(Noel Rosa)